A história, as técnicas e o início da carreira dos principais artistas da área no País
A tatuadora Elissa
A carreira de um tatuador é semelhante a de qualquer artista. O trabalho produzido, em geral, é fruto do estilo de tatuagem que cada um escolhe desenvolver e, naturalmente, de sua própria personalidade. No início, para treinar técnicas e traços, uns recorrem a laranjas, outros usam pele artificial ou até mesmo pele de porco. É bem comum também contarem com amigos que acabam servindo de cobaias, abrindo mão da perfeição no resultado para demonstrar a amizade, literalmente, na pele.
O caminho para a fama na carreira de tatuador é longo. A maioria não começa liderando seu próprio estúdio. Pelo contrário. Neste ramo, existe hierarquia e alguns profissionais ingressam em cargos semelhantes aos de estagiário ou de zelador. Veja como alguns dos melhores tatuadores do Brasil aprenderam a tatuar, saiba onde eles atendem e confira os trabalhos no Instagram.
Andre Cast
A primeira tatuagem que Andre Cast, 25 anos, fez foi durante uma festa em um estúdio de tatuagem, há dois anos. “Tatuei um grande amigo que disponibiliza uma parte de sua perna para aspirantes a tatuador. Havia muita gente e eu estava bem nervoso, então o resultado não foi o que eu esperava, mas a situação foi muito divertida.”
No início, Andre usava equipamento emprestado, tatuava os amigos em casa e postava nas redes sociais o resultado; assim foi crescendo o número de interessados em ser riscado por ele.
No processo de aprendizado, Andre decidiu que seria importante viajar para ser tatuado por profissionais que admirava. “Pude observar como eles trabalham, além de ter a oportunidade de ser tatuador convidado e dividir o espaço do estúdio com eles.”
Andre é um dos fundadores do Covil Tattoo, em Juiz de Fora, Minas Gerais, mas também tatua em outros estúdios quando viaja; ele já passou pelo Ardhãm Tatuaria, em São Paulo; Zero Sen, em Belo Horizonte; Inkonik Tattoo Studio, em Curitiba; El Cuervo Ink e Imarginal, em Recife.
Elissa Rocabado
Onze anos atrás, lissa começou a trabalhar como desenhista de moda. Mas logo assumiu um cargo de coordenação e os traços saíram de sua rotina. Para recuperar essa atividade, passou a desenhar as próprias tatuagens que eram riscadas em sua pele por um profissional. Nesse processo, pedia dicas para o tatuador, até que comprou um kit de tatuagem e começou a treinar em uma laranja e no E.V.A. (borracha para trabalhos artesanais). “No início, é importante aprender adaptar a ilustração para a tatuagem, do papel para a pele”, diz ela.
Entender a espessura da agulha para cada trabalho, a cicatrização da tatuagem, o peso e a vibração da máquina também fizeram parte do aprendizado de Elissa. Finalmente, a estreia na pele foi com uma série de dez moscas; a primeira ela tatuou em si mesma e as outras nove em amigos.
“Meus amigos resolveram ceder a pele e não pareciam estar preocupados. Depois, acabei consertando uma ou outra ou fazendo outras tatuagens neles. Mas nunca cobri ou soube de alguém que tenha coberto uma tatuagem minha ou algum traço que estourou – o que é o meu maior medo e isso pode acontecer apesar da técnica e experiência da tatuador, pois depende muito de cada organismo”.
Ao ser perguntada sobre erros, ela confessa: “Aprendi na raça”. Mas hoje ela já se sente à vontade para dar uma dica: “Seja tatuado por tatuadores que você admira, para entender que pessoas têm estilos diferentes e aprender sobre o atendimento e todo o processo de uma sessão de tatuagem”.
Elissa trabalha no Soul Tattoo Art & Café e continua fazendo criação de estampas para uma tecelagem. “Durante alguns dias da semana, produzo algo que vai durar uma coleção e nos outros dias algo que vai durar para sempre”, resume a artista.
Frederico Rabelo
Em seu Instagram, Frederico Rabelo logo avisa que a lista de espera tem vaga apenas em 2019
Ele atua no Covil Tattoo, em Juiz de Fora, Minas Gerais, mas também tatua e participa de congressos nos Estados Unidos, São Paulo e Belo Horizonte.
Ele tem 24 anos e começou a tatuar há dois anos. “Aprender a tatuar é como construir uma muralha, você não inicia pensando que vai construir a maior e mais perfeita muralha já feita em todo o planeta até hoje. Mas, você pode colocar cada pedra da maneira mais perfeita e mais tarde você vai ter uma muralha.”
Frederico conta que busca “levar a tatuagem a um nível de arte que ela ainda não chegou”, ele acredita que a geração atual tem a oportunidade de revolucionar a tatuagem, com a mistura entre outras áreas e processos criativos.
Ivy Saruzi
Ela mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e começou a tatuar em 2009. Ivy Saruzi achou que o melhor caminho a seguir era o tradicional. Fez um curso de tatuagem e os primeiros trabalhos foram em pele de porco e depois chegou a vez dos amigos. “Estava me achando um máximo e na primeira vez e já tentei fazer um trabalho grande, uma carranca tribal na frente da canela. Sorte que era um super amigo meu, porque tive que dar uma arrumada depois.” (risos)
Depois desse incidente, ela percebeu que o curso não era o suficiente para torná-la uma tatuadora profissional e resolveu procurar um ‘estágio’ em um estúdio. “Fiquei um bom tempo trabalhando em tarefas como esterilização de instrumentos e ao mesmo tempo observando todos tatuarem, pegando dicas, desenhando.”
Após esse período, Ivy começou a fazer pequenas tatuagens preenchidas com tinta preta. “No início é importante se habituar ao peso da máquina, a profundidade da agulha e as diferenças de pele de cada região do corpo.”
Pedroz Anjos
Pedro escolheu iniciar seu caminho na tatuagem procurando tatuadores mais experientes como tutores. O segundo, e bastante significativo, passo foi ser “zelador” em estúdio. “Tinha contato direto com a tatuagem, fazia o preenchimento de alguns desenhos, preparava a agulha, limpava o local e sempre observava o que os caras mais velhos estavam falando sobre tatuagem.”
As primeiras tatuagens, há quatro anos, Pedroz fez em seu próprio corpo.
“Quando eu tatuei a primeira pessoa foi bastante tenso, pois nunca tinha feito algo tão sério como uma tatuagem em alguém. O resultado foi satisfatório, algumas linhas abertas, outras falhadas, o que é bem normal para a primeira tatuagem,“ conta o tatuador que atende no Labuta Tattoo, em Brasília.
Eduardo Marcelo Estevão
É possível dizer que Eduardo Marcelo, 41 anos, se preparou a vida toda para ser tatuador. Ele se dedica ao desenho desde os oito anos de idade. A arte faz parte de sua vida mas começou a tatuar 1992. “Sempre experimentei muitas técnicas, materiais e superfícies em meio a vida de segurança de Eventos. Resolvi acatar a sugestão de um amigo que achava que eu me daria bem se resolvesse tatuar.”
Os materiais foram me dados de presente pelo um amigo que também que era tatuador deu uma aula rápida sobre a técnica. Então, Eduardo já partiu para o treino em sua própria pele. “Eu comparava o que eu testava na pele com o que eu já dominava em outras superfícies e técnicas artísticas. Agulha, tinta, pele e paciência sozinho mesmo.”
Depois da primeira tatuagem na própria coxa e Braço, foi a vez de uma amigo ser a cobaia. Assim que terminou a tatuagem, ele avaliou bem o resultado, mas, por ter errado na profundidade da agulha, após a cicatrização o traço se expandiu. “Eu me assustei com a possibilidade de errar novamente e resolvi focar minha vontade em trabalhar com pontilhismo na pele, dessa maneira o traço contínuo não é problema. Deu super certo!”
Foi assim que, a partir de um aparente erro de principiante, Eduardo se consolidou com uma técnica que na época era inovadora. “Da terceira tatuagem para frente, passei a trabalhar só pontilhismo e estéticas orgânicas, mais fluidas, sem linhas contínuas. Com o tempo ampliei o repertório colocando cores, texturas, escorridos, respingados até chegar na aquarela e ficando cada vez mais feliz com os resultados obtidos.”
Eduardo tatua em Wenceslau Braz-Paraná e você pode ver mais informações no site https://emeinktattoo.blogspot.com/.
Taiom
Alguns dizem que não existe certo e errado, mas para Taiom, 29 anos, ele começou na tatuagem de forma equivocada. “Alguns amigos disseram que para fazer tatuagem precisava de uma agulha e tinta, e assim era só colocar na pele. Peguei uma agulha de costura da minha mãe, a tinta nanquim do meu pai, e fiz uns pontos na perna. Nunca tinha visto ninguém sendo tatuado, nem entrado num estúdio de tatuagem.”
A segunda tentativa foi com uma máquina caseira feita com peças de Lego e caneta. O tatuador pisou em um estúdio de tatuagem profissional quase um ano depois da primeira aventura com agulha. “Eu testava a máquina caseira em mim, fiz alguns testes na minha perna. Treinava também em capa de caderno e casca de laranja. Logo apareceram alguns amigos dispostos a servirem de cobaia.”
A primeira tatuagem de Taiom foi nele mesmo e “considerando as circunstâncias o resultado foi bom”, mas a primeira tatuagem em um amigo já não foi de tanto sucesso. “Não peguimentei corretamente e em semanas o desenho praticamente desapareceu, restando alguns pontos aleatórios. Cerca de um mês depois a pessoa cobriu a tatuagem com outra maior.” Além disso, Taiom confessa que também já escreveu palavras faltando letras.
Hoje, Taiom já tem onze anos de experiência e para ver que os erros ficaram no passado basta olhar seu portfólio. Ele tatua em Brasília e também é convidado frequente em São Paulo, Curitiba e fora do Brasil, na Bélgica e França.
Victor Montaghini
Victor Montaguini, 32 anos, é formado em artes plásticas e começou a carreira como ilustrador. Ele acredita que esse repertório foi decisivo para o sucesso como tatuador, pois ele já tinha formação sobre proporções e outros elementos importantes sobre ilustração.
Depois de tanta experiência com desenho, ele partiu direto para tatuar na pele de amigos; o primeiro cobaia foi o irmão. “Na verdade o processo de aprendizado é como qualquer outro. Repetição! Mas a técnica de tatuagem é um pouco mais complicada, pois depende de muitas variáveis: o tipo de pele, a velocidade e peso da máquina, a constância do traço, o pigmento e, inclusive, a boa execução depende também em grande parte do cliente, que tem que estar imóvel e suportar a dor!”.
O tatuador, que atua em São Paulo, está completando 12 anos de carreira.
A tatuadora Elissa
A carreira de um tatuador é semelhante a de qualquer artista. O trabalho produzido, em geral, é fruto do estilo de tatuagem que cada um escolhe desenvolver e, naturalmente, de sua própria personalidade. No início, para treinar técnicas e traços, uns recorrem a laranjas, outros usam pele artificial ou até mesmo pele de porco. É bem comum também contarem com amigos que acabam servindo de cobaias, abrindo mão da perfeição no resultado para demonstrar a amizade, literalmente, na pele.
O caminho para a fama na carreira de tatuador é longo. A maioria não começa liderando seu próprio estúdio. Pelo contrário. Neste ramo, existe hierarquia e alguns profissionais ingressam em cargos semelhantes aos de estagiário ou de zelador. Veja como alguns dos melhores tatuadores do Brasil aprenderam a tatuar, saiba onde eles atendem e confira os trabalhos no Instagram.
Andre Cast
A primeira tatuagem que Andre Cast, 25 anos, fez foi durante uma festa em um estúdio de tatuagem, há dois anos. “Tatuei um grande amigo que disponibiliza uma parte de sua perna para aspirantes a tatuador. Havia muita gente e eu estava bem nervoso, então o resultado não foi o que eu esperava, mas a situação foi muito divertida.”
No início, Andre usava equipamento emprestado, tatuava os amigos em casa e postava nas redes sociais o resultado; assim foi crescendo o número de interessados em ser riscado por ele.
No processo de aprendizado, Andre decidiu que seria importante viajar para ser tatuado por profissionais que admirava. “Pude observar como eles trabalham, além de ter a oportunidade de ser tatuador convidado e dividir o espaço do estúdio com eles.”
Andre é um dos fundadores do Covil Tattoo, em Juiz de Fora, Minas Gerais, mas também tatua em outros estúdios quando viaja; ele já passou pelo Ardhãm Tatuaria, em São Paulo; Zero Sen, em Belo Horizonte; Inkonik Tattoo Studio, em Curitiba; El Cuervo Ink e Imarginal, em Recife.
Elissa Rocabado
Onze anos atrás, lissa começou a trabalhar como desenhista de moda. Mas logo assumiu um cargo de coordenação e os traços saíram de sua rotina. Para recuperar essa atividade, passou a desenhar as próprias tatuagens que eram riscadas em sua pele por um profissional. Nesse processo, pedia dicas para o tatuador, até que comprou um kit de tatuagem e começou a treinar em uma laranja e no E.V.A. (borracha para trabalhos artesanais). “No início, é importante aprender adaptar a ilustração para a tatuagem, do papel para a pele”, diz ela.
Entender a espessura da agulha para cada trabalho, a cicatrização da tatuagem, o peso e a vibração da máquina também fizeram parte do aprendizado de Elissa. Finalmente, a estreia na pele foi com uma série de dez moscas; a primeira ela tatuou em si mesma e as outras nove em amigos.
“Meus amigos resolveram ceder a pele e não pareciam estar preocupados. Depois, acabei consertando uma ou outra ou fazendo outras tatuagens neles. Mas nunca cobri ou soube de alguém que tenha coberto uma tatuagem minha ou algum traço que estourou – o que é o meu maior medo e isso pode acontecer apesar da técnica e experiência da tatuador, pois depende muito de cada organismo”.
Ao ser perguntada sobre erros, ela confessa: “Aprendi na raça”. Mas hoje ela já se sente à vontade para dar uma dica: “Seja tatuado por tatuadores que você admira, para entender que pessoas têm estilos diferentes e aprender sobre o atendimento e todo o processo de uma sessão de tatuagem”.
Elissa trabalha no Soul Tattoo Art & Café e continua fazendo criação de estampas para uma tecelagem. “Durante alguns dias da semana, produzo algo que vai durar uma coleção e nos outros dias algo que vai durar para sempre”, resume a artista.
Frederico Rabelo
Em seu Instagram, Frederico Rabelo logo avisa que a lista de espera tem vaga apenas em 2019
Ele atua no Covil Tattoo, em Juiz de Fora, Minas Gerais, mas também tatua e participa de congressos nos Estados Unidos, São Paulo e Belo Horizonte.
Ele tem 24 anos e começou a tatuar há dois anos. “Aprender a tatuar é como construir uma muralha, você não inicia pensando que vai construir a maior e mais perfeita muralha já feita em todo o planeta até hoje. Mas, você pode colocar cada pedra da maneira mais perfeita e mais tarde você vai ter uma muralha.”
Frederico conta que busca “levar a tatuagem a um nível de arte que ela ainda não chegou”, ele acredita que a geração atual tem a oportunidade de revolucionar a tatuagem, com a mistura entre outras áreas e processos criativos.
Ivy Saruzi
Ela mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e começou a tatuar em 2009. Ivy Saruzi achou que o melhor caminho a seguir era o tradicional. Fez um curso de tatuagem e os primeiros trabalhos foram em pele de porco e depois chegou a vez dos amigos. “Estava me achando um máximo e na primeira vez e já tentei fazer um trabalho grande, uma carranca tribal na frente da canela. Sorte que era um super amigo meu, porque tive que dar uma arrumada depois.” (risos)
Depois desse incidente, ela percebeu que o curso não era o suficiente para torná-la uma tatuadora profissional e resolveu procurar um ‘estágio’ em um estúdio. “Fiquei um bom tempo trabalhando em tarefas como esterilização de instrumentos e ao mesmo tempo observando todos tatuarem, pegando dicas, desenhando.”
Após esse período, Ivy começou a fazer pequenas tatuagens preenchidas com tinta preta. “No início é importante se habituar ao peso da máquina, a profundidade da agulha e as diferenças de pele de cada região do corpo.”
Pedroz Anjos
Pedro escolheu iniciar seu caminho na tatuagem procurando tatuadores mais experientes como tutores. O segundo, e bastante significativo, passo foi ser “zelador” em estúdio. “Tinha contato direto com a tatuagem, fazia o preenchimento de alguns desenhos, preparava a agulha, limpava o local e sempre observava o que os caras mais velhos estavam falando sobre tatuagem.”
As primeiras tatuagens, há quatro anos, Pedroz fez em seu próprio corpo.
“Quando eu tatuei a primeira pessoa foi bastante tenso, pois nunca tinha feito algo tão sério como uma tatuagem em alguém. O resultado foi satisfatório, algumas linhas abertas, outras falhadas, o que é bem normal para a primeira tatuagem,“ conta o tatuador que atende no Labuta Tattoo, em Brasília.
Eduardo Marcelo Estevão
É possível dizer que Eduardo Marcelo, 41 anos, se preparou a vida toda para ser tatuador. Ele se dedica ao desenho desde os oito anos de idade. A arte faz parte de sua vida mas começou a tatuar 1992. “Sempre experimentei muitas técnicas, materiais e superfícies em meio a vida de segurança de Eventos. Resolvi acatar a sugestão de um amigo que achava que eu me daria bem se resolvesse tatuar.”
Os materiais foram me dados de presente pelo um amigo que também que era tatuador deu uma aula rápida sobre a técnica. Então, Eduardo já partiu para o treino em sua própria pele. “Eu comparava o que eu testava na pele com o que eu já dominava em outras superfícies e técnicas artísticas. Agulha, tinta, pele e paciência sozinho mesmo.”
Depois da primeira tatuagem na própria coxa e Braço, foi a vez de uma amigo ser a cobaia. Assim que terminou a tatuagem, ele avaliou bem o resultado, mas, por ter errado na profundidade da agulha, após a cicatrização o traço se expandiu. “Eu me assustei com a possibilidade de errar novamente e resolvi focar minha vontade em trabalhar com pontilhismo na pele, dessa maneira o traço contínuo não é problema. Deu super certo!”
Foi assim que, a partir de um aparente erro de principiante, Eduardo se consolidou com uma técnica que na época era inovadora. “Da terceira tatuagem para frente, passei a trabalhar só pontilhismo e estéticas orgânicas, mais fluidas, sem linhas contínuas. Com o tempo ampliei o repertório colocando cores, texturas, escorridos, respingados até chegar na aquarela e ficando cada vez mais feliz com os resultados obtidos.”
Eduardo tatua em Wenceslau Braz-Paraná e você pode ver mais informações no site https://emeinktattoo.blogspot.com/.
Taiom
Alguns dizem que não existe certo e errado, mas para Taiom, 29 anos, ele começou na tatuagem de forma equivocada. “Alguns amigos disseram que para fazer tatuagem precisava de uma agulha e tinta, e assim era só colocar na pele. Peguei uma agulha de costura da minha mãe, a tinta nanquim do meu pai, e fiz uns pontos na perna. Nunca tinha visto ninguém sendo tatuado, nem entrado num estúdio de tatuagem.”
A segunda tentativa foi com uma máquina caseira feita com peças de Lego e caneta. O tatuador pisou em um estúdio de tatuagem profissional quase um ano depois da primeira aventura com agulha. “Eu testava a máquina caseira em mim, fiz alguns testes na minha perna. Treinava também em capa de caderno e casca de laranja. Logo apareceram alguns amigos dispostos a servirem de cobaia.”
A primeira tatuagem de Taiom foi nele mesmo e “considerando as circunstâncias o resultado foi bom”, mas a primeira tatuagem em um amigo já não foi de tanto sucesso. “Não peguimentei corretamente e em semanas o desenho praticamente desapareceu, restando alguns pontos aleatórios. Cerca de um mês depois a pessoa cobriu a tatuagem com outra maior.” Além disso, Taiom confessa que também já escreveu palavras faltando letras.
Hoje, Taiom já tem onze anos de experiência e para ver que os erros ficaram no passado basta olhar seu portfólio. Ele tatua em Brasília e também é convidado frequente em São Paulo, Curitiba e fora do Brasil, na Bélgica e França.
Victor Montaghini
Victor Montaguini, 32 anos, é formado em artes plásticas e começou a carreira como ilustrador. Ele acredita que esse repertório foi decisivo para o sucesso como tatuador, pois ele já tinha formação sobre proporções e outros elementos importantes sobre ilustração.
Depois de tanta experiência com desenho, ele partiu direto para tatuar na pele de amigos; o primeiro cobaia foi o irmão. “Na verdade o processo de aprendizado é como qualquer outro. Repetição! Mas a técnica de tatuagem é um pouco mais complicada, pois depende de muitas variáveis: o tipo de pele, a velocidade e peso da máquina, a constância do traço, o pigmento e, inclusive, a boa execução depende também em grande parte do cliente, que tem que estar imóvel e suportar a dor!”.
O tatuador, que atua em São Paulo, está completando 12 anos de carreira.
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