Você já ouviu falar em handpoked tattoos? Neste estilo tradicional de tatuagem, o desenho é criado ponto por ponto, sem máquinas, totalmente artesanal. São diversos grupos de agulha que ‘cutucam’ (poked) a pele. Às vezes os pontos tem tamanhos diferentes, ângulos mais abertos ou fechados, tudo isso para criar os efeitos dos desenhos.
Tem vontade de fazer uma tatuagem, mas morre de medo do barulho da máquina? Uma técnica com origem nos trabalhos japoneses (chamada de tebori) e de culturas tribais anda conquistando várias pessoas. O hand poke utiliza apenas a agulha e a tinta, assim o artista desenha na pele do cliente sem a maquininha, que por muitas vezes acaba agredindo mais a pele. Além de ter uma cicatrazação mais rápida, essa técnica também permite que os desenhos tenham um traço único e pontilhado.
Handpoke é uma técnica muito antiga de modificação corporal, quando a tatuagem é feita com a agulha na mão, sem maquininha e ela vai perfurando a pele, furinho por furinho, apenas contando com o talento e conhecimento do artista. Os maoris faziam assim. Os cariocas da década de 60/70 também. É um processo artesanal e que há muito tempo ficou estigmatizado como “tatuagem de cadeia”, por ser feito sem o uso de energia elétrica (a tal da maquininha).
Como essa técnica voltou à moda em alguns estúdios do Brasil, acabei ouvindo muitas opiniões diferentes sobre o processo e a curiosidade foi tanta que fui experimentar pra ver como era. Na minha humilde opinião, é bem menos doloroso que a tattoo com maquininha. A cicatrização também é mais tranquila, pois a pele é menos agredida.
a handpoke tattoo, que resgata a tatuagem feita manualmente, sem auxílio de máquinas
Existem várias discussões sobre a exata origem da tatuagem. Há quem acredite que todas as sociedades humanas conheciam a técnica: tribos da África, América, Ásia e Oceania, o Egito Antigo. Inclusive foram encontrados indícios de tatuagem no Homem do Gelo, uma múmia de aproximadamente 5 300 anos descoberta nos Alpes, em 1991.
Tão curiosa quanto a existência da tatuagem na História, é a diversidade de técnicas usadas para fixar a tinta na pele. Hoje, temos auxílio de modernas máquinas de rotação e bobina – híbridas, até – capazes de furar a derme entre 50 e 3.000 vezes por minuto. Antes dessa tecnologia, porém, o processo não era tão rápido assim; os desenhos eram feitos manualmente, ponto por ponto, fixados por pontas de bambu, no Japão. Reza a lenda que até dente de tubarão era usado no processo. Já pensou?
Na verdade, não precisa pensar muito, pois ainda hoje é possível encontrar tatuadores que se propõem a garantir uma experiência de tatuagem diferente, revisitando essas técnicas “antiquadas”. Mas sem bambu ou dente de tubarão, é claro.
“O handpoke é uma técnica antiga, mas não é oriental ou egípcia; já é uma criação do ocidente. Os orientais trabalhavam com o tebori, bastão com apoio das mãos, e a tatuagem ocidental já veio manualmente, amarrando as agulhas num palito, ou em conjunto para pigmentar a pele”, explica Fábio Filé, “o cara” do handpoke em Fortaleza.
O Tebori e o Handpoke são procedimentos de pigmentação da pele que poderíamos chamar de slow tattoo – parafraseando o slow fashion, da moda. Enquanto o primeiro usa a agulha acoplada em um bastão, o segundo acopla a ponta em um suporte. No caso de Fábio, ele mesmo construiu um apoio para a mão, mais confortável para o tatuador, no qual é possível acoplar também uma biqueira descartável, tal qual é feito nas máquinas.
“Apesar de ser arcaico e, para muitos, algo do passado, hoje em dia vários artistas trabalham com isso, e têm talento para executar desenhos muito bem feitos. E esse é um tipo de técnica que dói menos, apesar de ser um pouco mais lenta, mas a pigmentação fica melhor e a cicatrização é muito mais rápida por conta da punção da mão, que agride menos a pele em comparação às máquinas”.
Segundo Fábio, algumas pessoas ainda têm preconceito com o tebori, pensando ser algo ultrapassado. Por outro lado, “tem muita gente que prefere isso daqui, porque diz que é a tatuagem com alma, que tem mais valor. Não é aquela que você pede qualquer coisa e faz”.
E dá pra fazer praticamente tudo com o handpoke, principalmente usando o pontilhismo ou desenhando linhas mais espessas, a exemplo das que são feitas no estilo old school. “A questão do handpoke é que é algo retrô, mas que tem o seu valor, porque a tatuagem duradoura mesmo é a tradicional, de traço grosso e pigmentação forte”.
Mesmo com toda a conversa, fotos e vídeos, ainda fiquei me perguntando como é que esse tal de handpoke funcionava. Vendo minha cara de confusa, Fábio soltou “quer que eu faça uma agora?”.
Eu quis. Igor de Melo, como um bom veterano em tatuagens, também. Aí ele entrou na agulha, eu virei fotógrafa e ainda o fiz escrever um relato de como foi a experiência!
Tem vontade de fazer uma tatuagem, mas morre de medo do barulho da máquina? Uma técnica com origem nos trabalhos japoneses (chamada de tebori) e de culturas tribais anda conquistando várias pessoas. O hand poke utiliza apenas a agulha e a tinta, assim o artista desenha na pele do cliente sem a maquininha, que por muitas vezes acaba agredindo mais a pele. Além de ter uma cicatrazação mais rápida, essa técnica também permite que os desenhos tenham um traço único e pontilhado.
Handpoke é uma técnica muito antiga de modificação corporal, quando a tatuagem é feita com a agulha na mão, sem maquininha e ela vai perfurando a pele, furinho por furinho, apenas contando com o talento e conhecimento do artista. Os maoris faziam assim. Os cariocas da década de 60/70 também. É um processo artesanal e que há muito tempo ficou estigmatizado como “tatuagem de cadeia”, por ser feito sem o uso de energia elétrica (a tal da maquininha).
Como essa técnica voltou à moda em alguns estúdios do Brasil, acabei ouvindo muitas opiniões diferentes sobre o processo e a curiosidade foi tanta que fui experimentar pra ver como era. Na minha humilde opinião, é bem menos doloroso que a tattoo com maquininha. A cicatrização também é mais tranquila, pois a pele é menos agredida.
a handpoke tattoo, que resgata a tatuagem feita manualmente, sem auxílio de máquinas
Existem várias discussões sobre a exata origem da tatuagem. Há quem acredite que todas as sociedades humanas conheciam a técnica: tribos da África, América, Ásia e Oceania, o Egito Antigo. Inclusive foram encontrados indícios de tatuagem no Homem do Gelo, uma múmia de aproximadamente 5 300 anos descoberta nos Alpes, em 1991.
Tão curiosa quanto a existência da tatuagem na História, é a diversidade de técnicas usadas para fixar a tinta na pele. Hoje, temos auxílio de modernas máquinas de rotação e bobina – híbridas, até – capazes de furar a derme entre 50 e 3.000 vezes por minuto. Antes dessa tecnologia, porém, o processo não era tão rápido assim; os desenhos eram feitos manualmente, ponto por ponto, fixados por pontas de bambu, no Japão. Reza a lenda que até dente de tubarão era usado no processo. Já pensou?
Na verdade, não precisa pensar muito, pois ainda hoje é possível encontrar tatuadores que se propõem a garantir uma experiência de tatuagem diferente, revisitando essas técnicas “antiquadas”. Mas sem bambu ou dente de tubarão, é claro.
“O handpoke é uma técnica antiga, mas não é oriental ou egípcia; já é uma criação do ocidente. Os orientais trabalhavam com o tebori, bastão com apoio das mãos, e a tatuagem ocidental já veio manualmente, amarrando as agulhas num palito, ou em conjunto para pigmentar a pele”, explica Fábio Filé, “o cara” do handpoke em Fortaleza.
O Tebori e o Handpoke são procedimentos de pigmentação da pele que poderíamos chamar de slow tattoo – parafraseando o slow fashion, da moda. Enquanto o primeiro usa a agulha acoplada em um bastão, o segundo acopla a ponta em um suporte. No caso de Fábio, ele mesmo construiu um apoio para a mão, mais confortável para o tatuador, no qual é possível acoplar também uma biqueira descartável, tal qual é feito nas máquinas.
“Apesar de ser arcaico e, para muitos, algo do passado, hoje em dia vários artistas trabalham com isso, e têm talento para executar desenhos muito bem feitos. E esse é um tipo de técnica que dói menos, apesar de ser um pouco mais lenta, mas a pigmentação fica melhor e a cicatrização é muito mais rápida por conta da punção da mão, que agride menos a pele em comparação às máquinas”.
Segundo Fábio, algumas pessoas ainda têm preconceito com o tebori, pensando ser algo ultrapassado. Por outro lado, “tem muita gente que prefere isso daqui, porque diz que é a tatuagem com alma, que tem mais valor. Não é aquela que você pede qualquer coisa e faz”.
E dá pra fazer praticamente tudo com o handpoke, principalmente usando o pontilhismo ou desenhando linhas mais espessas, a exemplo das que são feitas no estilo old school. “A questão do handpoke é que é algo retrô, mas que tem o seu valor, porque a tatuagem duradoura mesmo é a tradicional, de traço grosso e pigmentação forte”.
Mesmo com toda a conversa, fotos e vídeos, ainda fiquei me perguntando como é que esse tal de handpoke funcionava. Vendo minha cara de confusa, Fábio soltou “quer que eu faça uma agora?”.
Eu quis. Igor de Melo, como um bom veterano em tatuagens, também. Aí ele entrou na agulha, eu virei fotógrafa e ainda o fiz escrever um relato de como foi a experiência!
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Desde antes de me tatuar pela primeira vez já pesquisava sobre os rituais de marcar o corpo, seja para fins unicamente estéticos ou outros. Depois que tive a primeira no meu corpo – feita com máquina de bobina há 15 anos -, o gosto pela tinta na pele só aumentou, tanto que passei a tatuar também.
A técnica de tatuar sem o uso de eletricidade sempre me interessou, tanto como tatuado, quanto tatuador amador. O silêncio, só interrompido pela conversa ou pelo som metálico da agulha saindo da pele quase imperceptível. Quem escolhe essa técnica não pode ter pressa. É ponto por ponto, meu chapa. E vale a pena.
Não vou dizer que não dói. Mas agride muito menos a pele. A cicatrização é muito mais tranquila e a ocorrência de falhas no desenho é mínima.
Técnica de tatuagem que não usa maquininhas ganha adeptos na cidade Chamado de hand poked, Profissionais usam apenas agulhas, dispensando a eletricidade, para criar os desenhos. Trata-se do hand poked, algo como “espetado a mão” em inglês. O método, que dá seus primeiros passos no país, espalhou-se também pelos Estados Unidos, Alemanha e Japão. “O resultado fica delicado, pois conseguimos dar mais atenção aos detalhes durante a produção”, afirma
o Tatuador Eduardo Marcelo, No ano passado ele fazia cerca de três desenhos por semana. Agora, recebe até dez clientes no mesmo período.ele aprendeu sozinho o hand poked e trabalha com a modalidade há dois Anos “O procedimento é um pouco mais demorado que o normal”, diz.
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